12 PLANTAS CARNÍVORAS que devoram até animais



Dionaea muscipula, a Vênus Papa-Moscas:

Ela é uma das plantas carnívoras mais conhecidas. Serviu de inspiração para a criação da personagem Audrey II, a planta carnívora assassina do musical "A Pequena Loja dos Horrores" ("Little Shop of Horrors"), um filme produzido em 1986: é a espécie Dionaea muscipula.

Nos Estados Unidos a planta recebeu o curioso nome de Venus Flytrap (armadilha para moscas Vênus). "Armadilha para Moscas" é brm óbvio, mas de onde surgiu o 'Vênus' ? De acordo com a Sociedade Internacional de Plantas Carnívoras, a dionéia foi estudada pela primeira vez nos séculos XVII e XVIII, quando a moral da sociedade era mais puritana do que é atualmente e era um tanto obcecada pelos impulsos e pecados humanos. As mulheres, em particular, eram freqüentemente retratadas como sedutoras e ávidas pelo poder. Aparentemente, os botânicos dessa época encontraram um paralelo entre a armadilha da planta - que captura e digere insetos - com certos aspectos da anatomia e comportamento das mulheres. Dessa forma, conta a história que a planta teria recebido o nome de Vênus, a deusa pagã do amor e do dinheiro.

                a deusa Vênus pagã do amor e do dinheiro.



Planta herbácea, a Dionéia é nativa das regiões pantanosas do sudeste dos Estados Unidos. Trata-se de uma planta pequena, atinge de 10 cm a 15 de altura, que produz folhas dispostas em roseta. Suas folhas apresentam um formato peculiar de armadilha - divida em dois lóbulos, como uma mandíbula com 15 a 20 longas estruturas em forma “dentes” nas bordas. O pecíolo apresenta formato achatado, de cor verde e tem a função de sustentar a mandíbula e fazer a fotossíntese. 

Na parte interna da armadilha, de coloração vermelha, a planta produz néctar para atrair os insetos. É ali que também ficam os pêlos sensitivos, cuja importante missão é detectar a presença do inseto possibilitando a ação da armadilha: em uma fração de segundos a armadilha se fecha e o inseto aprisionado começa a ser digerido lentamente. A estrutura é tão complexa que é necessário que pelo menos dois pêlos sensitivos sejam acionados sucessivamente em um curto espaço de tempo para que a armadilha funcione. Existe uma razão essencial para a existência deste mecanismo: ele evita que a planta gaste energia com o fechamento da armadilha à toa, como com uma gota de chuva, por exemplo.



Depois que a armadilha se fecha, em seu interior, glândulas especiais  começam a produzir enzimas digestivas. Terminada a digestão da presa, a armadilha lentamente vai abrindo, sendo possível visualizar alguns restos do banquete. A digestão dura cerca de 10 dias. Este processo pode acontecer cerca de 3 vezes com cada armadilha. Depois disso, elas são substituídas por novas folhas.
A floração da planta acontece na primavera, quando surgem pequenas e delicadas flores brancas.


A dionéia deve ser cultivada sob bastante luminosidade, em substrato preparado à base de musgo esfagno, turfa e perlita, levemente ácido e mantido constantemente úmido. Não é recomendado o cultivo em terra e nem é necessário fazer adubações, pois há o risco de intoxicar a planta. Além disso, resista à tentação de alimentá-la: jamais coloque pedacinhos de carne ou insetos mortos, deixe que ela mesmo capture suas presas. Alguns especialistas indicam que é possível dar uma forcinha para a dionéia colocando perto dela uma banana ou pedacinho de maçã para atrair mosquinhas. Mas sem neurose se ela não caçar nada, pois ela não depende apenas disso para viver.

A água das regas deve ser livre de cloro - para eliminá-lo basta deixar a água em descanso por 48 horas. Outra opção é usar água mineral ou da chuva. As dionéias são capazes de tolerar encharcamentos, mas detestam secas. Outro detalhe importante: evite ficar brincando com as armadilhas, fazendo-as fechar à toa pois, como já foi dito lá em cima, a planta gasta muita energia para abrir e fechar a armadilha. 

Detalhes:
Objetos inanimados como pedras, galhos e folhas que caiam na armadilha ou objetos que sejam colocados lá de propósito (enfiar um lápis ou palito dentro da armadilha só para vê-la fechar !!), não se movimentarão, logo não dispararão os pêlos sensitivos. Se não houver estímulo adicional do pêlo, a armadilha permanece em seu estado parcialmente fechado até que a tensão possa ser restabelecida nas folhas da armadilha. Esse processo demora cerca de 12 horas, ao final das quais as folhas voltam a se abrir. O objeto não desejado cai assim que a folha reabre ou é retirado da armadilha pelo vento.

FICHA DA PLANTA:
Nome Científico: Dionaea muscipula
Nomes Populares: Dionéia, Dionea, Vênus-papa-moscas, Vênus-caça-moscas
Família: Droseraceae
Categoria: Plantas Carnívoras
Clima: Mediterrâneo, Subtropical, Temperado, Tropical
Origem: América do Norte, Estados Unidos
Altura: até 10 a 15 cm
Luminosidade: alta
Ciclo de Vida: Perene


Os Segredos da drosera spatulata:

A Planta em Destaque desta semana é a Drosera Capensis, em inglês, é mais conhecida como Cape Sundew. É uma planta pequena em forma de roseta, nativa do Cabo da Boa Esperança, lá no sul de África. É uma planta carnívora que passa facilmente despercebida como tal. Devido ao seu tamanho e à enorme quantidade de sementes que produz, é das Droseras mais fáceis de cultivar, mas também é considerada uma praga e uma erva daninha, pelo mesmo motivo.

As suas folhas medem por volta de 3,5 cm de comprimento e têm de largura 0,5 cm. Estas possuem tentáculos finos que segregam uma substância pegajosa, denominada de mucilagem, que ajuda a aprisionar artrópodes. Os insectos são atraídos para as folhas e quando entram em contacto com estas gotas proteicas, não conseguem fugir. Depois, a folha começa a enrolar, colocando ainda mais glândulas gástricas em contacto com a presa. Este movimento é relativamente rápido durando cerca de 30 min. Podem observar no video abaixo:


A Drosera Capensis apresenta várias sub-espécies que apresentam diferentes colorações das suas pétalas ou dos seus tentáculos. Também podem apresentar diferente formas de folhas.


Nepenthes rajah:

Planta 'carnívora' na verdade só come fezes de pequenos mamíferos

Imaginava-se que a ‘Nepenthes rajah’ ingeria musaranhos e ratos.
Espécie nativa de Bornéu atrai os bichos para servir como privada.

A maior planta carnívora da Terra não foi desenhada para almoçar pequenos animais e sim para comer suas fezes. A descoberta um tanto desconcertante ocorre 150 anos depois da descoberta pelos botânicos da espécie Nepenthes rajah, nativa da região montanhosa de Bornéu, na Indonésia.

Cai um mito - Botânicos demoraram um século e meio para perceber que a planta carnívora não come mamíferos. O cardápio é outro (crédito: Eric in SF - flickr)

Em forma de jarro, a planta tem uma embocadura do tamanho exato do corpo de musaranhos-da-árvore (Tupaia glis). Mas a entrada não tem diâmetro suficiente para engolir os bichos, eis a verdade. O mesmo vale para ratos.

Um lugar para aliviar suas necessidades - Musaranhos, como o da foto acima, eram vistos como vítimas preferenciais da temida planta carnívora 'Nepenthes rajah'. Na verdade, eles vão lá para fazer cocô (ainda por cima sob efeito de um néctar agradável, cortesia da planta) (Foto: Mehgan Murphy, Smithsonian’s National Zoo)

Diante das limitações de design, a N. rajah contenta-se em usar um néctar agradável para atrair os musaranhos. Aí sim: a “privada” natural tem a abertura perfeita para coletar os dejetos do mamífero.


Detalhes da descoberta, noticiada pelo site BBC Earth News, foram publicados no periódico científico “New Phytologist”.



Além de cocô, a dieta da N. rajah é rica em formigas e aranhas, que fornecem nitrogênio e fósforo para seu organismo. Seu reservatório (o local onde ficaria a água da privada, mal comparando) chega a comportar 2 litros de um 




utricularia inflata:

Utricularia inflata , vulgarmente conhecida como a bexiga inchada , a bexiga inflada , ou a grande bexiga flutuante , é uma grande planta carnívora aquática suspensa que pertence ao gênero Utricularia . É uma planta perene que é nativa das planícies costeiras do sudeste dos Estados Unidos. Frequentemente tem sido confundido com U. radiata , que é similar mas menor que U. inflata . Desde 1980, a U. inflataFoi relatado que existem em locais além de sua extensão tradicional, como as Montanhas Adirondack, em Nova York, no sudeste de Massachusetts e no estado de Washington. Estudos sobre as populações nos Adirondacks sugerem que a introdução de U. inflata em um local onde ela é naturalizada pode levar à química alterada de sedimentos, reduzindo a produtividade primária líquida de espécies nativas. Ele também é listado pelo estado de Washington como uma espécie problemática por causa do denso hábito de formação da esteira desta Utricularia aquática . É uma das poucas plantas carnívoras que podem ser invasoras.


Descrição:
U. inflata é uma das maiores espécies aquáticas suspensas do gênero Utricularia . Como todo o Utricularia aquático , U. inflatanão tem raízes ou folhas verdadeiras. Os estolões filiformes são o "caule" vegetativo principal da planta e podem ter até um metro de comprimento ou mais, mas têm apenas 1 a 2 mm de espessura. Os estolões são glabrosos com 1-5 cm entre divisões ramificadas. Ocasionalmente, os estolões produzem brotações de ar flutuantes na superfície da água e órgãos semelhantes a tubérculos no substrato. Suas estruturas filiformes parecidas com folhas parecem ser ramificações adicionais do stolon principal e são estruturas minúsculas, semelhantes a filamentos, que não são folhas verdadeiras, embora a terminologia seja frequentemente contestada entre especialistas. As estruturas das folhas são numerosas e têm de 2 a 18 cm de comprimento, originando-se da base do estolão em dois segmentos primários e desiguais, que são posteriormente divididos extensivamente em segmentos adicionais. As armadilhas ovóides pedidas, com 1 a 3 mm de comprimento,
Em sua área nativa, U. inflata , uma espécie perene, pode começar a florescer em janeiro e pode continuar até junho. Nesta fase de seu crescimento, ele produz as características morfológicas mais visíveis e visíveis da espécie: uma espiral flutuante de estruturas esponjosas na superfície da água que suportam as inflorescências, muitas vezes chamadas de "flutuação". U. inflatanormalmente produz 6 a 8 raios no flutuador (às vezes entre 5 e 10), com cada raio de 3 a 10 cm de comprimento e até 8 mm de largura. A metade apical dos raios possui numerosos segmentos semelhantes a folhas, dicotomicamente ramificados, que também podem possuir algumas armadilhas. As inflorescências eretas de 20 a 50 cm de comprimento são produzidas a partir do centro da espiral flutuante e geralmente são solitárias ou possuem pouquíssimos escapos para cada volta. Uma planta individual pode produzir várias espirais e inflorescências, mas elas são tipicamente distantes umas das outras. As inflorescências produzem 9-14 (às vezes 4-17) flores com lobos de cálice desiguais, de 3 a 5 mm de comprimento. A corola inteira pode ter 2-2,5 cm de comprimento e é amarela brilhante com veias de cor marrom no esporão e marcas marrons no lobo da corola inferior.
Esta espécie possui um número cromossômico diplóide de 2n = 18 para a forma mais comum e 2n = 36 para as populações tetraplóides maiores. A "raça" tetraplóide maior, como Peter Taylor a chamou, pode ser duas vezes maior que a espécie diploide comum. Populações desta raça foram localizadas na Flórida.


darlingtonia californica:

A Darlingtonia californica é uma planta californiana de jarro, é uma espécie de planta carnívora e é a única espécie existente no género Darlingtonia. Conseguem habitar solos ultrabásicos, mas encontram-se principalmente em terrenos pobres em nutrientes como os pântanos. É uma planta nativa da Califórnia e Oregon, nos EUA.

Chama-se também “cobra lily” devido à sua aparência tubular e folha bifurcada que faz relembrar a língua de uma cobra. É uma planta de difícil cultivo sendo necessário mimetizar ao pormenor as condições do seu habitat. Ainda não se sabe muito sobre o seu método de polinização.

É na parte descendente onde se encontra a água onde caem os insectos aprisionados.

Devido ao ambiente pobre em nutrientes em que vive, a Darlingtonia californica obtêm o azoto que precisa através dos insectos que captura. O água do jarro contêm microorganismos simbióticos e enzimas proteolíticas que degradam os insectos que aqui caem. A quantidade de água é regulada pela própria planta que liberta ou absorve água proveniente das raízes. Assim, a água da armadilha não é proveniente da água da chuva. As células da planta que absorvem os nutrientes presentes no jarro são iguais às células que se encontram nas raízes da planta.

                  Cultivo desta espécie carnívora

A armadilha desta espécie é muito eficaz visto que o jarro encontra-se normalmente cheio de restos de insectos. Para além de possuírem secreções lubrificantes e pêlos especializados que impedem os insectos do fugir da armadilha, a planta mascara o buraco de entrada para os insectos presos não conseguirem fugir. As presas que entram pela abertura do jarro  ficam confusas com os padrões de luz translúcidos nas paredes do jarro (que se parecem com saídas). Após várias tentativas de fugas por estas falsas saídas, os insectos acabam-se por cansar e caem no cemitério aquático que se encontra no fundo do jarro.


pinguicula gigantea:

Pinguicula gigantea:
Espécie:Pinguicula gigantea
Altitude:688m 
Reino:Plantae
Filo:Magnoliophyta
Classe:Magnoliopsida
Ordem:Lamiales
Familia:Lentibulariaceae
Gênero:Pinguicula

Descrição:
A Pinguicula gigantea é uma espécie pertencente ao gênero Pinguicula descoberta no ano de 1993 por Alfred Lau, sendo descrita como espécie no ano de 1995 por Hans Luhrs. Também conhecida como P.ayautla, a espécie é endêmica do México e encontrada no estado de Oaxaca, próxima a vila indígena de Ayautla. Como o próprio nome da espécie diz, ela forma folhas de tamanho grande, as maiores do gênero. Curiosamente, as folhas produzem mucilagem em ambas as faces, característica também encontrada em P.longifolia subsp. longifolia e em P.agnata. São descritos dois cultivares de P.gigantea: Um com flores brancas e um com flores azuis.


Habitat:




Como mostrado na imagem de seu habitat, ela pode crescer em solos úmidos e rochosos, porém há populações que crescem em solo ácido, próximas à turfeiras.

Ficha de cultivo básico da espécie:
Cultivo:
De cultivo fácil, é uma planta bem adaptável à várias condições de cultivo.

Clima:
É uma planta que cresce em áreas quentes, porém cresce bem também no frio. Temperaturas entre 5ºC à 35ºC são toleráveis. Essa espécie de pinguicula em natureza passa por um período seco que seria referente à dormência e um período úmido, porém em cultivo, passa sem problemas por esse período mais seco. Ao contrário de muitas pinguiculas, essa espécie não produz uma roseta de inverno, folhas carnívoras são produzidas durante todo o ano. O que pode acontecer no inverno é a diminuição do tamanho das folhas.

Luz:
Luz solar indireta somente. Mantenha a planta em um ambiente bem iluminado. A espécie se mostra bem intolerante no que se diz respeito à insolação.

Regas:
Mantenha o substrato úmido, porém não muito encharcado.

Vasos:
Vasos plásticos são os mais recomendados: Prefira os vasos com um grande tamanho em diâmetro, para que a planta tenha espaço para suas folhas. Não há necessidade de serem fundos, visto que o sistema radicular da planta não é extenso.

Substrato:
Um substrato composto por 60% de areia e 40% de esfagno bem picado tem mostrado bons resultados.

Alimentação:
Atrai seu alimento sozinha, não havendo necessidade de ser alimentada manualmente.

Propagação:
Sementes e por folhas. A propagação por folhas mostra bastante sucesso em meu cultivo. Uma maneira que encontrei de fazer isso é colocar as folhas dentro de um recipiente com algum substrato úmido e vedar a boca do recipiente com plástico filme, onde faço furos e deixo em um local bem claro. A propagação por folhas pode ser feita o ano inteiro sem problema algum. Dê preferência as folhas mais novas, pois a possibilidade de sucesso é bem maior.


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